segunda-feira, 8 de junho de 2009


-Lhe deixara uma carta, lembras?
-Não me lembrava dela, até agora.
-Pois então leia, fiquei curiosO para saber o que lhe dissera antes de partir. Seria confortante pra ti também, não seria?
-Creio que não Henry. O passado não diz nada.

-Poderias lhe amadurecer.

-Sim.
-Leia Mary, talvez você entenda a partida dele, ou então continue com raiva até o final de seus dias. Essas pessoas sois belas mais não são como animais, que se pode amar até morrer. Sois belas mais não são como ti, talvez se le-se a carta que ele lhe deixara, sabe se ele era belo como as pessoas, ou se era belo como tu es.
-Sim... Vou ler. -Engraçado como Henry era o único que conseguira me obrigar a fazer coisas indesejaveis, coisas das quais eu corria o maximo que podia, coisas que nem ao mesmo minha mãe me convecera de fazer.-
Na gaveta estava o envelope vermelho, ele estava bem gasto apesar de estar fechado ,sendo assim o que eu leria estaria bem novo, e com o cheiro dele. É complicado diferenciar um amigo de um amor. Eu, nunca tivera um amor, sendo assim tudo era mais difícil para a minha pessoa. Se tenho Henry e o perdera de uma hora para outra, eu irei sofrer por toda uma vida que eu terei que carregar nas costas, e sofrerei todas as noites antes de durmir, e pequenos detalhes nas rua me fariam chorar na frente de estranhos , e chorar é para fracos, como sempre digo ao Henry. Agora, se um amor partira, tenho certeza que aparecera outro, e se eu quiser posso esquece-lo. E se ele partir, eu vou sentir raiva. Ravia é tão bom. Raiva... Raiva, raiva, raiva... Raiva. Chorar de ravia concerteza é mais confortante do que chorar de tristeza. Edaí estava lá a carta, cheia de raiva por fora, mais por dentro... Creio que tinha algo a mais, algo que tentei evitar por todo um tempo.

"Minha bela... Lhe escrevo porque talvez tu não leia, lhe escrevo porque tenho tanto á dizer e fraco de mim que metade disso tudo não tenho coragem de lhe provar. Com minha alma cheia de magoas. São tantas as pessoas que lhe deixam, são tantas as pessoas que passam por sua vida, e eu tenho a certeza de que nem todas lhe deixam com raiva. Passar pela vida dessa Mary, uma delilah no nosso mundo, e deixa-la com raiva, isso sim é algo que creio que todos desejam. Talvez tu seja um anjo, só apareça para ajudar essas pessoas nas quais só sabem andar trombando, cabeça torta, e cortes. Por dentro. E depois que as ajuda elas se vão... Mary! Vou embora, por medo de ter raiva de você, vou embora porque tenho coisas á fazer, tenho coisas á pensar, estou partindo e não vou voltar. Estou partindo para nunca mais voltar, nunca mais falar com ninguém, eu realmente quero viver sozinho, sempre sorri pra ti, sempre estava rindo contigo, mais tu não sabe o quão desgraçado estara por dentro todo esse tempo. Eu sou assim, aprendi a viver assim. Não me desculpe."